Será que todos tem acesso à educação no Brasil?

Desde a Constituição da República de 1934, é garantido como dever do Estado e de todos, oferecer o direito à educação básica e gratuita para todas as crianças e jovens brasileiros. 

Quais são as estatísticas da educação brasileira?

Dois milhões de crianças e adolescentes de 11 a 19 anos não estão frequentando a escola no Brasil, segundo dados da Unicef.

Os dados fazem parte da pesquisa “Educação brasileira em 2022 – a voz de adolescentes”, realizada pelo Ipec para o UNICEF com os estudantes das escolas públicas. Essa exclusão afeta principalmente os mais vulneráveis: 4% dos entrevistados da classe AB não estão frequentando a escola e, na classe DE, o percentual sobe para 17%, um número quatro vezes maior.

Entre quem não está frequentando a escola, 48% afirma que deixou de estudar porque precisava trabalhar fora, já as dificuldades de aprendizagem aparecem em segundo lugar, com 30%.

As atuais estatísticas acentuam os problemas da exclusão escolar e evidenciam a desigualdade e a falta de educação de qualidade para determinados grupos sociais. Entenda mais no próximo tópico.

Quem mais sofre com a desigualdade?

No Brasil, é possível analisar as diferenças no acesso à educação entre as crianças de baixa renda e as crianças com mais recursos financeiros. Aqueles que possuem maior aquisição material, conseguem se apropriar de uma educação de maior qualidade, por meio do ensino privado. 

A desigualdade social e educacional acaba impactando diretamente os seguintes grupos:

1. Crianças e jovens negros

A desigualdade social afeta com maior proporção crianças e adolescentes negros. Pesquisas sobre Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, realizadas pelo IBGE, comprovam a disparidade. Afirma-se que negros são 75% entre os mais pobres; e brancos, 70% entre os mais ricos. Desse modo, podemos afirmar que a desigualdade social está ligada diretamente ao racismo estrutural.

2. Meninas e mulheres

A Unesco estima que 16 milhões de meninas no mundo, entre 6 a 11 anos, nunca irão à escola. E mesmo havendo o aumento de equiparidade de meninos e meninas matriculados nas escolas brasileiras, as meninas e jovens mulheres enfrentam várias dificuldades para pôr em prática o exercício da educação. 

Por exemplo, ainda é comum que as meninas sejam mais propensas aos cuidados domésticos, em comparação às atividades do mercado de trabalho. A violência doméstica e a gravidez precoce na adolescência também são alguns dos problemas que ameaçam o desenvolvimento pleno do sexo feminino.

3. População de área rural

Os alunos das regiões mais rurais do Brasil sofrem grande desigualdade de desempenho comparado aos alunos que vivem em regiões urbanas. A taxa de analfabetismo e não conclusão do ensino médio é de três a cada cinco pessoas na região do Nordeste, segundo a PNAD de 2019. 

Ou seja, mais da metade da população analfabeta do Brasil se encontra nas áreas rurais do Nordeste. A distância de suas casas até os ambientes escolares é o principal problema enfrentado pelas crianças do interior. Em seguida, a falta de recursos e materiais de qualidade.

Como mudar a realidade do acesso à educação brasileira?

Segundo os dados do SAEB 2021 os níveis de aprendizagem em português e matemática caíram em todas as etapas de aprendizagem e, os piores desempenhos vieram dos primeiros anos do ensino fundamental.

Acreditamos que a educação é a causa mais urgente do Brasil e melhorar esses índices é a nossa principal missão! Até o momento, temos parceria com o Estado do Rio Grande do Sul e os Municípios de Belo Horizonte, Maricá- RJ, Esteio- RS e Aguaí-SP. Somando assim mais de 13 mil vidas impactadas no país.

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